Para não restar dúvida do que se trata, consta neste editorial o significado completo de um sentimento que se torna fundamental para que possamos passar ilesos pela epidemia do coronavírus. A razão é muito simples: eu preciso ter o cuidado de não infectar o outro. Por isso devo ficar em casa, por isso devo usar máscara. Por isso devo adotar todas as práticas de higiene e mudança de hábitos que estão sendo exaustivamente divulgadas pelos governos estadual e municipal, pela Organização Mundial de Saúde e até mesmo pelo Ministério da Saúde, o que tem leva-do seus principais representantes a serem demitidos pelo presidente da república, o único que insiste em minimizar a situação, sendo mundialmente rechaçado. Vivemos um momento em que somos desafiados a ser empáticos com o coletivo. Por isso, quando uma pessoa me cobra empatia por criticar a organização de um evento que pode colocar outras pessoas em risco, alegando que se trata de um meio de alguns artistas resolverem seus problemas financeiros, é preciso que elas entendam que antes de “alguns”, existem o “todos”. Explico: se eu tenho um problema financeiro não tenho o direito de colocar a saúde e a vida dos outros em risco para solucioná-lo. Tampouco me cabe exigir que as pessoas me apoiem a fazer isso usando como pretexto a empatia que elas devem ter por mim. Esta edição traz muitas notícias, algumas mais detalhadas, outras resumidas, onde a empatia é clara e visível. A começar pelas ações da Unifio, que publica aqui seu news. Desde o início da epidemia, o centro universitário de Ourinhos tem se debruçado em projetos para ajuda coletiva. A empatia também é visível na Associação Comercial de Santa Cruz, que criou uma plataforma gratuita de vendas on line, onde até mesmo quem não é associado pode vender seus produtos e serviços. É o que vemos em drops, a seção de notícias curtas, mas bem interessantes, como o trabalho que Botucatu realiza para atender pessoas em condição de rua durante o inverno; o trabalho de artesãos na produção de máscaras; e outras boas medidas em benefício da comunidade. A empatia nos ajuda a fazer escolhas acertadas. É o caso da Santa Massa, a bem sucedida indústria de Santa Cruz, que opta por projetos locais de formação cultural e esportiva e por projetos que de âmbito nacional que beneficiem artistas brasileiros valorosos na hora de escolher onde investir o dinheiro de imposto que pode ser destinado a patrocínios, veja em cidadania. A empatia não se aplica apenas às pessoas, mas também aos animais e à natureza. Inclusive ao item mais importante para nossa sobrevivência: a água, que está em níveis de escassez alarmantes, mas que podem ser sanados se agirmos com empatia, como nos ensina o professor Pirolli em meio ambiente. A empatia é a razão de ser deste jornal. Como anunciado na última edição, o 360 ganhou um site bastante interativo, onde o destaque é o botão de áudio para todas as matérias, permitindo que todos possam ter acesso às nossas notícias. Aproveite para conhecer o conteúdo de cada uma delas. Lendo ou ouvindo, como você preferir. E conheça quem nos está ajudando nessa tarefa, gente que naturalmente tem empatia pela imprensa independente e ética, como é o nosso caso. Com toda a empatia por cada brasileiro que merece estar a salvo do coronavírus, desejo a todos muita saúde e uma boa leitura!
Flávia Rocha Manfrin
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